data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Exército do Iraque (Divulgação)
Imagem divulgada pelo Exército do Iraque mostra veículo destruído após ataque dos EUA que matou Qasem Soleimani e outras oito pessoas em Bagdá
Após um ataque assumido pelos Estados Unidos, na capital do Iraque, Bagdá, a tensão na região, que nos últimos dias viveu uma série de conflitos indiretos entre Teerã e Washington, deve aumentar. O ataque matou o general Qassim Suleimani. Ele liderava há mais de 20 anos a força Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã, responsável por conduzir operações militares secretas no exterior.
Para explicar os impactos deste ataque para a região e o mundo, além de entender a influência que a situação pode ter em situações como preço de combustíveis, por exemplo, o Diário conversou com o professor Bruno Hendler, do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) na 3ª edição do Direto da Redação desta sexta-feira. Ouça:
Após o ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu "severa vingança" e anunciou três dias de luto nacional.
- O martírio é a recompensa por seu trabalho incansável durante todos esses anos. Uma vingança implacável aguarda dos criminosos que encheram suas mãos com seu sangue e o de outros mártires - escreveu no Twitter.
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, também prometeu vingança. A crise é a mais grave escalada nas tensões entre EUA e Irã e colocou a comunidade internacional em alerta. O secretário-geral da ONU, António Guterres, demonstrou preocupação.
- O mundo não pode permitir outra guerra no Golfo - disse seu porta-voz.
Ordenada por Donald Trump, a ação resultou em ao menos nove vítimas. Entre elas, Abu Mahdi al-Muhandis, líder de uma milícia iraquiana. A Guarda Revolucionária, cuja unidade de elite, a Al Qods, era chefiada por Suleimani, disse que o ato fortaleceu a determinação de vingança. Trump disse na sexta que os EUA agiram "para parar uma guerra, não para começar uma".